Oslo



Chegamos em Oslo em um dia de feriado nacional, por isso as ruas estavam cheias, com vários noruegueses vestindo roupas típicas e festa por todos os lados, com apresentação de corais. No primeiro dia tomamos logo um susto com os preços, Oslo é uma das cidades mais caras da Europa, a comida é muuuuito cara. Por sorte nosso hotel oferecia um café da manhã que mais parecia um almoço. Para uma capital, a cidade não é tão interessante, embora tenha construções modernas, museus interessantes e o povo mais bem vestido da Europa.


Andar pelas ruas é se sentir em um editorial de moda. A Ópera é um prédio branco e de vidro que chama a atenção pela arquitetura e o espaço enorme, bem moderno por fora e por dentro. Já o Forte é uma viagem ao passado da cidade. Dá pra fazer tudo a pé. O centro Nobel da paz também é um lugar legal para dar uma rápida passada. O Teatro e as praças são todos muito bem cuidados, como era de se esperar e ficam todos no centro da cidade. 


O passe que dá direito a viagens de ônibus e entrada para museus é uma boa opção já que é tudo muito caro, até mesmo para os europeus. Fomos ao museu do barco viking, mas achamos meio sem graça, e se comparado ao Vasa de Estocolmo, é bem inferior. 



No dia seguinte fomos ao parque de esculturas Vigeland, que é bem interessante, com esculturas inusitadas e no mesmo dia ainda foi possível visitar a rampa de esqui. Conhecemos uma brasileira no posto de turismo, que nos deu ótimas dicas e confirmou que o passeio mais interessante é o de trem para Bergen. Fizemos e é imperdível!

Bergen


O passeio de Oslo para Bergen é considerado o passeio de trem mais bonito da Europa e é realmente lindo. Não é uma viagem barata e dura realmente o dia inteiro, com caminho percorrido de trem, de barco e de ônibus. As paradas nas cidades são muito rápidas, apenas nas estações de trem e barco e com hora marcada, mas o interessante é realmente o caminho. Começamos as 8:11 e terminamos pontualmente as 20:34. 






A viagem de trem por Myrdal até Flam mostra casas enterradas na neve, uma paisagem fantástica e o ponto alto é o caminho de barco até Gudvangen através dos fiordes. O passeio de ônibus até Voss é a passagem engraçada da viagem porque o ônibus consegue descer por uma estrada sinuosa em que vc tem a certeza de que ele vai despencar, mas o motorista é um equilibrista. Ao final todos bateram palmas. Chegamos em Bergen, de trem, já de noite, mas com o céu claro como se fosse começo da tarde. 


Só conseguimos dormir por conta do cansaço, porque do lado de fora do hotel estava uma noite ensolarada. Bergen é uma cidade pequena e em um dia se conhece todos os pontos turísticos. Apesar de pacata a cidade vive cheia de turistas. No hotel dividimos o espaço da copa com duas chinesinhas muito simpáticas, que nos ajudaram com o microondas. Aliás, na Noruega é muito comum hotéis em que vc faz a própria comida porque é muito, mas muito caro comer fora, então o jeito é passar no mercado e comprar congelados. 


No dia seguinte tiramos fotos para turistas suecas que quando descobriram que éramos brasileiros começaram a cantar Ai se eu te pego, do Michel Teló! As praças são muito floridas, a cidade é animada, a feira na parte da manhã tem muitos locais e também turistas. Fomos em direção ao mercado de peixe e experimentamos vários tipos de caviar oferecidos por um vendedor argentino que tinha morado no Ceará! Mundo pequeno esse! 


O cartão postal da cidade são umas casinhas de madeira coloridas e tortas no cais Bryggen, que hoje são pequenas lojas. Terminamos a visita a Bergen passeando no funicular (Floibanen) para o Mount Floyen, de onde dá para ver a cidade toda do alto. 

Copenhagen


Chegamos a cidade em um dia frio e chuvoso e como adiantamos nossa chegada em um dia, não tínhamos reserva de hotel. O jeito foi ir de hotel em hotel próximo à estação de ônibus. Para nosso azar a maior parte dos hotéis estava cheia, sem nenhuma razão aparente, mas por fim encontramos  uma recepcionista brasileira em um dos hotéis que tinha vaga, mas teríamos que esperar um tempo. De quebra ela nos liberou o café da manhã, muito bom por sinal. Viagem tem dessas coisas, sempre aparece uma boa alma no caminho.



Encasacados até o pescoço seguimos até a loja da Lego, incrível com bonecos enormes feitos do brinquedo e de lá fomos em direção a Nyhavn. O visual do lugar é bem legal, com casinhas coloridas e barcos. Todos os restaurantes oferecem cobertores, que ficam nas cadeiras para os clientes. Daí já dá para imaginar o frio que faz em Copenhagen. Vimos a casa de Hans Christian Andersen, um dos escritores infantis mais famosos do mundo e depois voltamos para o hotel. 

No dia seguinte nova caminhada pelas ruas e seguimos em direção ao centro da cidade e ao outro lado da cidade, no bairro Cristiania. No centro de informações turísticas a atendente, muito simpática, não conseguiu definir muito bem o que era esse bairro, então fomos achando que era segundo a definição dela um bairro de hippies, meio alternativo. Na verdade é um bairro alternativo, mas não exatamente hippie e sim um local para o consumo liberado de drogas. Algumas famílias moram lá e há varias bancas de venda de maconha. Não são permitidos fotos ou filmagens e somos observados ao entrar com câmeras. Ninguém te aborda, a não ser que comece a tirar fotos, como fez um trio desavisado que estava na nossa frente. Cariocas que somos, percebemos logo o ambiente e apressamos o passo, porque tem coisas bem mais interessantes para se conhecer na capital da Dinamarca. Nada contra o lugar, mas a Dinamarca tem mais a oferecer. 

Voltamos ao centro e andamos muito até chegar ao símbolo da cidade, a estátua da sereiazinha dos contos de Andersen. A cidade é bem bonita e no dia seguinte mais caminhada até a troca da guarda. Os soldados são parecidos com os ingleses, mas a calça do uniforme é azul. Deixamos para visitar o Tivoli no último dia e entramos no começo da noite porque o parque fica todo iluminado.

Hillerod


É uma cidade pequena, mas tem um dos castelos mais bonitos e interessantes da Europa, o Frederiksborg. A visita vale a pena, com sua capela, todos os seus salões e um jardim muito bem desenhado. Tranquilamente uma manhã è suficiente para visitar o castelo por dentro e por fora.

Fomos de trem numa viagem de mais ou menos 40 minutos, partindo de Copenhagen e antes de retornar, fomos para Helsingor.

Helsingor



É uma cidade pequena, mas muito simpática. O grande atrativo é o castelo, que reza a lenda, foi a inspiração de Shakespeare para escrever Hamlet. A visita ao Castelo Kronborg, desde o topo até o porão, onde tem uma enorme estátua viking, leva em torno de duas horas, com folga.



Assim como Hillerod, também é uma cidade com ar de interior, só que um pouco mais movimentada. A viagem de trem de volta a Copenhagen levou em torno de duas horas.

Roskilde


A cidade gira em torno da catedral. O que impressiona nela é o altar e o tamanho das torres, mas no geral não é uma igreja cheia de ornamentos. 

Fomos de trem, partindo do centro de Copenhagen e a viagem leva em torno de 30 minutos. A cidade é meio de interior, não tem muita agitação, mas vale uma visita de um dia.

Malmö


Fomos a Malmö de trem a partir de Roskilde, Dinamarca.  Chegando lá atravessamos a ponte e numa reta só, fomos em direção ao centro, com uma parada na igreja St Petri. Sua torre é bem alta, então ela acaba chamando a atenção. A cidade é bem simpática, não muito grande e com uma ótima filial da loja dinamarquesa Tiger de enfeites para casa. 


A cidade vale a pena ser visitada, embora não tenha muitos atrativos turísticos. Fomos a praça da Câmara municipal e tiramos fotos do prédio que é um dos símbolos da cidade, o Turning Torso, que parece que foi retorcido, então não existe uma vista de frente. Voltamos à noite para Copenhagen, pela ponte que liga os dois países. 


Algum tempo depois, já de volta ao Brasil, matamos a saudade assistindo a série A Ponte, que passa nessas duas cidades e começa na ponte Oresund.

Berlim


De Frankfurt para Berlim há duas opções de trem, uma mais rápida de duas horas e uma com várias trocas de trem e que leva nove horas. É claro que como deixamos para comprar a passagem na última hora só conseguimos ir no trem de nove horas. Apesar de longa, a viagem foi interessante pela paisagem, afinal não é todo dia que se anda de trem pela Alemanha. A capital é uma cidade dinâmica, com agitação, movimento, repleta de turistas e com muuuita coisa pra visitar. Pode se ver construções contemporâneas misturadas com os edifícios históricos e a cidade é bem organizada, o que facilita a vida dos turistas, sendo bem servida de transportes. Há opções para se alimentar, várias lojas e um grande shopping com ótimas ofertas de compras. 


Para as mulheres as farmácias Rossmann são as melhores em quantidade de cosméticos. Ficamos impressionados pela vida do lugar, bem diferente do que imaginávamos de uma cidade que viveu tão intensamente a segunda guerra. Erroneamente pensamos que seria tudo meio cinza, pesado... nada mais equivocado! Como existem muitos hotéis pode se ficar hospedado praticamente em qualquer ponto da cidade. Nos hospedamos em dois pontos diferentes porque resolvemos aumentar nossa estadia e não tinha mais vaga no hotel em que estávamos. 


Primeiro ficamos no bairro boêmio Rosenthaler platz e depois próximo ao ponto onde ficava a estação de trem, que levava os judeus para o campo de concentração de Theresienstadt, os dois pontos igualmente bem localizados, por estarem próximos a estações de metrô.

Vale a pena pegar o ônibus turístico porque as distâncias entre os pontos é grande.
Visitamos a loja de departamentos Kadewe, que é a versão alemã da Harrod’s. Só de onda compramos os perfumes masculino e feminino Berlin, que só vende na cidade.
Vale a pena tirar um dia par ir a Potsdam e é um passeio de dia inteiro.

Frankfurt


Chegamos em um domingo ensolarado, com pessoas tomando banho de sol a beira do rio Main, comendo e bebendo nos restaurantes barco e fazendo piquenique.

Atravessamos o rio para a área de museus, por uma ponte moderninha e depois de volta pela ponte dos cadeados, em direção a prefeitura Rathaus, a parte mais antiga e histórica da cidade. Ficamos um tempo vendo as construções coloridas e em estilo enxaimel da praça Romerberg saboreando um pretzel de queijo maravilhoso, vendido em carrocinhas pela rua. Depois fomos em direção a Kaiserdom, a catedral da cidade. Há uma exibição de fotos da segunda guerra mundial, onde somente a igreja ficou de pé, mas teve seu interior totalmente destruído, sendo reconstruída nos anos 1950. Mesmo conhecendo as consequências da guerra foi só nesse momento que tivemos a exata noção do tamanho da destruição da Alemanha. As fotos são impressionantes.

Paramos em um dos bares em frente a igreja Paulskirche, onde serviam sorvetes bem elaborados, afinal ainda não tínhamos almoçado e seguimos visitando a parte antiga da cidade. Nos hospedamos em um hotel ao lado da estação de trem hbf, era só dar um pulo e estávamos na plataforma. O hotel foi uma grande descoberta porque além do excelente atendimento, o café da manhã era ótimo, praticamente um almoço e durante todo o dia ficavam a disposição dos hospedes no saguão do hotel, bolos, frutas, café e água até as 19:00h. O frigobar era um caso a parte porque estava incluído na diária e era reabastecido todo dia. Apesar disso o hotel não era caro, de fato era um dos mais baratos da redondeza. Conhecemos uma pernambucana que trabalhava na copa do hotel, que nos deu ótimas dicas de passeio.
Apesar de muito bem servida de bondes, Frankfurt pode ser toda visitada a pé e realmente vale a pena fazer isso.


Na parte mais moderna da cidade o destaque fica para a Zeil gallery, um shopping com uma arquitetura futurista. Uma das visitas obrigatórias e que descobrimos por lá mesmo é ao hotel Fleming, que possui o elevador que não para. A subida é feita por um lado e a descida por outro e para entrar e sair do elevador é preciso pular dentro dele. Passear no elevador é de graça, mesmo não sendo hóspede. No terraço do hotel há um restaurante de onde se tem uma visão privilegiada da cidade.



De lá seguimos por uma das avenidas principais em direção a Alte oper, nosso correspondente de teatro municipal, fazendo um pequeno desvio para admirar o parque Taunusanlage. O parque é uma bonita área verde em meio a prédios modernos e antigos de Frankfurt. No dia seguinte batemos muita perna pelo comércio da cidade e andamos sem pressa. A cidade é interessante, tem o que se ver e é um ótimo ponto de partida para outras cidades pela sua localização, mas não são necessários muitos dias só nela.











Heidelberg


Visitamos Heidelberg em um dia, partindo de trem de Frankfurt em uma viagem de uma hora. É uma cidade medieval, muito aconchegante. Valeria a pena ficar hospedado um dia, só para curtir o clima. Passeamos pelas ruas comendo camembert, que é bem mais barato que no Brasil, depois de visitar o castelo e de provar um dos doces da confeitaria Gundel. Até o centro tem que caminhar um pouco, mas nada demais. 



Para não perder tempo fizemos primeiro a visita ao castelo, que é a primeira parada do funicular, vimos o maior barril de vinho do mundo, tiramos muitas fotos porque o lugar merece e fomos para o segundo nível de onde se tem uma vista da cidade. 



Fomos no verão, então as pessoas estavam nos bares, andando pelas ruas, mas a visita no inverno também deve ser interessante porque a cidade lembra aqueles postais de cidades com casinhas enfeitadas e neve.

















Rothenburg ob der Tauber


A cidade parece saída de um filme medieval e um dia é mais do que suficiente para conhecer. Uma das atrações é a loja de produtos de natal Kathe Wohlfahrt. È uma loja linda e um bom lugar para comprar lembrancinhas. Esta é a cidade mais medieval da Alemanha, tem um clima romântico e dá para fazer tudo a pé. O interessante é o clima de cidade antiga do interior, sem muitos carros, com uma muralha em volta da cidade dando um ar de vila de filme.









Wurzburg


A cidade foi uma surpresa. Fica a duas horas de trem de Frankfurt. A primeira impressão foi que era meio vazia, sem muitos atrativos, apenas a Casa dos bispos que virou o forte Festung Marienberg. A construção fica um pouco afastada, mas dá para ir a pé tranquilamente. Na volta é que descobrimos o centro propriamente dito e é um lugar ótimo, bem animado, com muita gente na rua, lojas de doces e chocolates maravilhosas. 


A cidade, embora não muito conhecida, só descobrimos por indicação da recepcionista do hotel de Frankfurt, vale uma visita sem sombra de dúvida. Um dia é o suficiente para se conhecer, mas ficar hospedado nela também deve ser interessante.